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Pontos gatilhos miofasciais - principais aspectos clínicos


Pontos gatilhos miofasciais - principais aspectos clínicos


A dor miofascial é prevalente e causa freqüente de consultas médicas. Poucas pessoas vivem sem nunca ter experimentado dores musculares relacionadas à trauma, à lesão, ao uso excessivo ou à tensão muscular. Esse tipo de dor freqüentemente se resolve em poucas semanas, com ou sem tratamento médico. Em alguns casos, no entanto, a dor muscular persiste por muito tempo após a resolução da lesão; pode até se referir dor em outras partes do corpo. Isto está relacionado ao fenômeno conhecido com sensibilização, que é uma das características da dor crônica, que requer intervenção médica para sua resolução.

O termo "miofascial" evoluiu da visão de que tanto o músculo quanto a fáscia provavelmente contribuem para os sintomas.

Para o diagnóstico clínico, a identificação de um ou mais pontos de gatilho miofasciais é necessária para garantir o diagnóstico da dor miofascial. O ponto gatilho miofascial é um nódulo discreto e hiper-irritável em uma faixa de músculo esquelético que é palpável e sensível durante o exame físico. Um ponto gatilho miofascial está clinicamente associado à dor espontânea no tecido circundante próximo e/ou a locais distantes nos padrões específicos de dor referida. A forte pressão digital no ponto gatilho miofascial ativo exacerba a queixa espontânea de dor do paciente e imita a experiência familiar de dor do paciente.

Os pontos gatilhos miofasciais também podem ser classificadas como latentes, nesse caso, o ponto gatilho miofascial está fisicamente presente, mas não associado a uma queixa espontânea de dor. No entanto, a pressão sobre o ponto gatilho miofascial latente provoca dor no local do nódulo.

Os pontos gatilhos miofasciais latentes e ativos podem estar associados à disfunção muscular, fraqueza muscular e uma amplitude de movimento limitada. Dessa forma, além da inativação dos pontos gatilhos, a identificação do(s) fator(es) associado(s) e a sua correção são extremamente importantes para prevenção da recidiva da dor.



Referências bibliográficas:

  1. Shah JP, Thaker N, Heimur J, Aredo JV, Sikdar S, Gerber, L. Myofascial Trigger Points Then and Now: A Historical and Scientific Perspective. PM&R 2015, 7(7), 746-761. doi.org/10.1016/j.pmrj.2015.01.024

  2. Shah JP, Gilliams EA. Uncovering the biochemical milieu of myofascial trigger points using in vivo microdialysis: An application of muscle pain concepts to myofascial pain syndrome. Journal of Bodywork and Movement Therapies 2008, 12(4), 371–384. doi:10.1016/j.jbmt.2008.06.006

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