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Pontos gatilhos miofasciais cervicais - identificação dos pontos gatilhos miofasciais

A presença dos pontos gatilhos miofasciais pode levar ao encurtamento dos músculos, dessa forma, a presença de limitação da mobilidade com determinados padrões pode indicar qual o músculo acometido. Durante o exame físico, deve ser questionado ao paciente, onde ele sente uma sensação de repuxamento quando se realiza determinado movimento, além disso, a presença de alguma limitação ou dor durante certos movimentos sinaliza qual o músculo afetado, que, após isso, ele é palpado na procura dos pontos gatilhos miofasciais.

Quando há uma limitação da rotação em flexão do pescoço, os músculos envolvidos são os seguintes: levantador da escápula (contralateral e ipsilateral), trapézio (contralateral e ipsilateral), esplênio da cabeça (contralateral e ipsilateral), esplênio do pescoço (contralateral), semiespinal da cabeça (ipsilateral), suboccipitais (oblíquo inferior da cabeça, reto posterior maior da cabeça, reto posterior menor da cabeça) (contralateral).

Quando há uma limitação da rotação na posição neutra do pescoço, os músculos envolvidos são os seguintes: esternocleidomastoideo (ipsilateral), esplênio do pescoço (contralateral), multífidos (ipsilateral), rotadores (ipsilateral), escaleno anterior, e os mesmos músculos quando há uma limitação da rotação em flexão do pescoço.

Quando há uma limitação em flexão do pescoço, os músculos envolvidos são os seguintes: trapézio, levantador da escápula, todos os músculos paravertebrais dorsais (trato lateral e medial, dependendo da palpação, incluindo os esplênios e os músculos suboccipitais).

Quando há uma limitação em flexão lateral do pescoço, especialmente quando há leve flexão, os músculos envolvidos são os seguintes: trapézio, levantador da escápula, todos os músculos paravertebrais (trato lateral mais frequentemente que o medial) (contralateral).

Quando há uma limitação em flexão lateral do pescoço, especialmente quando há leve extensão, os músculos envolvidos são os seguintes: escaleno medial, escaleno posterior, esternocleidomastoideo.

Quando há uma limitação em extensão do pescoço, os músculos envolvidos são os seguintes: esternocleidomastoideo, escaleno anterior, músculos anteriores do pescoço (esterno-hioideo).

Quando há uma limitação em retração do pescoço, os músculos envolvidos são os seguintes: músculos suboccipitais (obliquo superior da cabeça, reto posterior maior da cabeça, reto posterior menor da cabeça), músculos paravertebrais.

Um exemplo do uso prático desse esquema de avaliação é quando é encontrada uma limitação da rotação cervical à esquerda em flexão, na qual o paciente relata uma sensação de tração na área dorsolateral esquerda com irradiação para o ombro. Caso a extensão esteja limitada ou há a presença de dor durante este movimento, e os sintomas melhoram quando se realiza a elevação passiva do cotovelo esquerdo do paciente (e, portanto, da cintura escapular esquerda), pode-se presumir com segurança que o músculo trapézio esquerdo está envolvido. Se não houver nenhum efeito após se levantar ambos os lados da cintura escapular, o o músculo esplênio da cabeça direito provavelmente está envolvido direito, especialmente se o paciente relatar dor ali (próximo ao ponto de acupuntura VB20).

Na presença de dor ipsilateral quando se realiza a flexão lateral da coluna cervical, é importante verificar se a compressão facetária que provavelmente causa a dor está associada ao encurtamento dos músculos laterais convexos contralaterais (por exemplo, músculos escalenos e/ou trapézio) com limitação do arco de movimento.


Referências bibliográficas:

  1. Hammi C, Schroeder JD, Yeung B. Trigger Point Injection. [Updated 2022 Nov 25]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2023 Jan-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK542196/

  2. Irnich D. Myofascial Trigger Points. Comprehensive diagnosis and treatment. Churchill Livingstone. 2013

  3. Urits, I., Charipova, K., Gress, K., Schaaf, A. L., Gupta, S., Kiernan, H. C., … Viswanath, O. (2020). Treatment and Management of Myofascial Pain Syndrome. Best Practice & Research Clinical Anaesthesiology. doi:10.1016/j.bpa.2020.08.003

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