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Reabilitação da doença de Parkinson - II - Introdução à reabilitação

Atualizado: 19 de ago. de 2019



A reabilitação é um tratamento multiprofissional e tem como foco a melhora da funcionalidade.

Quando se pensa na funcionalidade, precisamos considerar as deficiências que a pessoa com doença de Parkinson apresenta, as limitações das atividades relacionadas ao processo de adoecimento e os consequentes problemas na participação. Abaixo, estão listadas os principais pontos a serem avaliados quando se pensa no impacto da doença de Parkinson na funcionalidade.

Alguns aspectos são de extrema importância para o desenvolvimento de um programa de reabilitação para a pessoa com doença de Parkinson. O estabelecimento do melhor horário das terapias através do reconhecimento dos períodos on (período de melhor ação das medicações antiparkinsonianas utilizadas pelo paciente) e off (período de menor ação dos medicamentos).

O equilíbrio, a postural corporal e a marcha indicam o impacto motor sobre a capacidade de locomoção do indivíduo, o que pode levar a um maior grau de inatividade, dificuldade para realização das transferências e maior risco de quedas. Outro aspecto importante é o grau de incapacidade cognitiva, indicando um maior comprometimento funcional, com dependência e necessidade de cuidados.


Avaliação do desfecho funcional


A utilização das escalas funcionais permite quantificar as deficiências, as limitações das atividades e as restrições na participação. Algumas das escaladas mais utilizadas estão listadas abaixo:

  • Unified Parkinson’s Disease Rating Scale (UPDRS)

  • Freezing of Gait questionnaire (FOG-Q)

  • Teste de retropulsão

  • Timed Up and Go (TUG)

  • Teste de caminhada de 6 minutos

  • Teste de caminhada de 10 metros

  • Teste de equilíbrio de Berg

Princípios da reabilitação


Fase inicial

Hoehn & Yahr: 1 a 2,5

Objetivos:

  • Prevenção da inatividade

  • Prevenção do medo de se mover ou de cair

  • Preservação ou melhora da capacidade física (capacidade aeróbia, força muscular e mobilidade articular)

Estratégias:

  • Informações e orientações

  • Exercícios físicos (em grupo de preferência)

  • Equilíbrio


Fase intermediária

Hoehn & Yahr: 2 a 4

Objetivos:

  • Semelhantes aos da fase iniciais

  • Manutenção ou melhora das atividades, especialmente: transferência, postura corporal, equilíbrio e marcha

Estratégias:

  • Estratégias de movimento cognitivo

  • Utilização de pistas

  • Equilíbrio

  • Treino de marcha


Fase final

Hoehn & Yahr: 5

Objetivos:

  • Semelhantes ao da fase intermediária

  • Manutenção das funções vitais

  • Prevenção das lesões por pressão

  • Prevenção das contraturas

Estratégias:

  • Fisioterapia respiratória

  • Alongamentos

  • Mudanças de decúbito

  • Posicionamento adequado


Referências:

  1. Ellis T1, Cavanaugh JT, Earhart GM, Ford MP, Foreman KB, Fredman L, Boudreau JK, Dibble LE. Factors associated with exercise behavior in people with Parkinson disease. Phys Ther. 2011 Dec;91(12):1838-48. doi: 10.2522/ptj.20100390. Epub 2011 Oct 14.

  2. Keus, S. et al. Improving Community Healthcare for Patients with Parkinson's Disease: The Dutch Model. Parkinson's disease. 2012. 543426. 10.1155/2012/543426.

  3. van Uemab, JMT et al. Health-Related Quality of Life in patients with Parkinson's disease—A systematic review based on the ICF model. Neurosc Biobehav Rev 2016; 61: 26-34

  4. Vojciechowski, A.S., Zotz, T.G.G., Loureiro, A.P.C. and Israel, V.L. The International Classification of Functioning, Disability and Health as Applied to Parkinson’s Disease: A Literature Review. Advances in Parkinson’s Disease 2016, 5, 29-40. http://dx.doi.org/10.4236/apd.2016.52005

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