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Reabilitação da doença de Parkinson - I - Considerações iniciais

Atualizado: 18 de ago. de 2019



A doença de Parkinson é caracterizada pela presença de comprometimento motor e que pode levar a um importante impacto na capacidade funcional e na vida da pessoa que possui esta doença e da sua família.

A apresentação clínica da doença de Parkinson é heterogênea, com a presença de tremores, lentificação dos movimentos (bradicinesia), rigidez e alteração postural, em graus variados. O grau de comprometimento motor também é variável de acordo com cada indivíduo, assim como a resposta aos tratamentos propostos.

A doença de Parkinson é uma doença degenerativa e progressiva e sua evolução pode ser dividida em fases, o que facilita as estratégias de tratamento de reabilitação.


Fase pré-clínica


A fase pré-clínica ocorre de cinco a sete anos antes da presença dos sintomas motores e, dessa forma, o diagnóstico de doença de Parkinson nesta fase é extremamente difícil. Os sintomas mais frequentes são a alteração do olfato, as alterações do sono e a obstipação.


Fase clínica


Quando ocorre uma perda significativa de células dopaminérgicas (60 a 80%), há o início dos sintomas motores e, neste momento, é feito o diagnóstico clínico na grande maioria dos pacientes.

A fase clínica pode ser subdivida em fases de acordo com a evolução da doença.


Subfase "lua-de-mel"


A maior parte dos pacientes tem o seu diagnóstico confirmado nesta subfase com o início dos sintomas motores, que são facilmente controlados com as medicações antiparkinsonianas. Geralmente esta fase dura entre três a cinco anos.


Subfase "intermediária"


Nesta subfase, o tratamento começa perder sua eficácia, com a necessidade de aumento progressivo da dose de medicação e/ou aumento da quantidade dos medicamentos prescritos. Com o aumento da dose e a introdução de outras medicações, há um aumento do risco de aparecimento dos seus efeitos adversos. Esta fase durante entre cinco a dez anos de uso dos medicamentos.


Subfase "terminal"


Em uma fase mais tardia da evolução da doença de Parkinson, há uma progressiva perda funcional com acentuação da limitação motora, desenvolvimento da demência e dependência funcional. Como consequência da alta necessidade de cuidados para realização das suas atividades de vida pessoal, há um grande impacto familiar e social. Geralmente, esta subfase se inicia após uma década do diagnóstico.


Mortalidade


A expectativa de vida da pessoa com doença de Parkinson é semelhante à das pessoas sem esta doença.

As principais causas de mortalidade de pessoas com doença de Parkinson são as infecções respiratórias, o embolismo pulmonar, as infecções urinárias e as complicações de quedas e fraturas, condições clínicas relacionadas à redução da mobilidade.


Classificação do grau de comprometimento da doença de Parkinson


A escala de Hoehn & Yahr é uma classificação do grau de evolução do comprometimento motor e funcional.


Referências:

  1. Gago M. In: MSD Manual para pessoas com doença de Parkinson 2014

  2. Silva FS et al. Rev Neurocienc 2010

  3. Yahr MD. In: Merritt´s Textbook of Neurology 1989

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