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Foto do escritorDr. Sergio Akira Horita

Fatores nutricionais que perpetuam a síndrome dolorosa miofascial


Fatores nutricionais que perpetuam a síndrome dolorosa miofascial

Algumas alterações nutricionais influenciam na manutenção da dor miofascial, entre eles as alterações dos níveis das vitaminas B e D, e do magnésio.

Vitaminas B

As vitaminas do complexo B têm um papel importante na dor miofascial, especialmente as vitaminas B1 (tiamina), B6 (piridoxina) e B12 (cianocobalamina). Elas podem potencializar a ação antinociceptiva aguda da morfina.

Vitamina D

A vitamina D é um pró-hormônio que contribui para a regulação do cálcio e do fósforo nos ossos. É sintetizada na pele na presença de luz solar (luz ultravioleta B) e convertida em vitamina D 25OH no fígado. Receptores da vitamina D estão presentes mo tecido muscular e a deficiência de vitamina D produz uma atrofia das fibras musculares do tipo IIa, que promove contração rápida dos músculos. Os receptores da vitamina D nos músculos atuam na transcrição nuclear e influenciam na proliferação e diferenciação de células musculares. O uso da vitamina D pode promover a redução dos níveis de TNF-alfa e IL-6.

Magnésio

O magnésio (Mg2+) tem papel fundamental em uma ampla gama de funções fisiológicas. É um cofator necessário na síntese proteica e na síntese do DNA.

O Mg2+ é um antagonista do cálcio (Ca2+) no músculo. Está ligado a todos os locais de ligação de Ca2+ na troponina C e na miosina, sendo deslocado pelo Ca2+, depois que este é liberado pelo retículo sarcoplasmático. Quando há muito pouco Mg2+, menos Ca2+ é necessário para repor o Mg2+ no complexo troponina-miosina, causando mais facilmente contrações musculares e predispondo o músculo a cãibras.

Moléculas de Mg2+ bloqueiam o canal NMDAR e previnem sua ativação, que é importante na sensibilização central e na dor persistente. O glutamato, aminoácido excitatório, desloca ou remove Mg2+ do canal NMDAR ativando esse canal e levando à cadeia de eventos que dão suporte à dor crônica.


Ferro

O ferro é importante para a produção de energia e a sua deficiência é uma das causas predisponentes a um estado hipometabólico e a presença de pontos gatilhos refratários.


Referência bibliográfica:

Donnelly, JM. et al. Dor e disfunção miofascial de Travell, Simons& Simons. Manual de pontos-gatilho. 3ª edição. Artmed. Porto Alegre. 2020

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