Distorções cognitivas na síndrome dolorosa miofascial
As distorções cognitivas são padrões ineficientes de pensamento que promovem ansiedade, baixo autoestima, baixa autoeficácica e depressão.
Elas são desenvolvidas a partir de sentido e crenças, distorções cognitivas, como somatização e a catastrofização, que acabam aumentando os comportamentos de dor.
A tendência a somatizar se torna comum, levando à pessoa a ficar mais atenta aos sintomas físicos e aumentar o grau de preocupação.
Algumas características são comuns nestes casos e podem ser listadas abaixo:
- hipervigilância
- tendência a focalizar algumas sensações relativamente fracas ou infrequentes
- predisposição a intensificar sensações somáticas, tornando-as mais alarmantes, nocivas e perturbadoras
- catastrofização, que é esperar o pior resultado possível da preocupação do momento
- supergeneralização, que é a conclusão geral quando ocorre uma suspeita a partir de apenas uma evidência
- falácias de controle, na qual a pessoa se identifica como uma vítima desamparada do destino ou responsável por tudo
- filtragem, que é o foco apenas nos aspectos negativos de uma determinada situação
- raciocínio polarizado, na qual a pessoa se acha totalmente perfeita ou um completo fracasso, sem a possibilidade de consideração de uma situação intermediária
As distorções cognitivas podem levar a um enfrentamento insatisfatório, aumento da dor e do sofrimento e a uma maior incapacidade.
Referência bibliográfica:
Donnelly, JM. et al. Dor e disfunção miofascial de Travell, Simons& Simons. Manual de pontos-gatilho. 3ª edição. Artmed. Porto Alegre. 2020
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